Brasil enfrentou em 2024 um aumento dramático de 79% de superfície vegetal incendiada em comparação com o ano anterior. Uma crise que deixou 30,8 milhões de hectares queimados, especialmente na Amazônia, revelou nesta quarta-feira (22) a plataforma de monitoramento MapBiomas.

A superfície representa uma área superior ao território da Itália, e é a maior registrada desde 2019, segundo as medições via satélite desta rede colaborativa de mapeamento.

O salto na quantidade de incêndios é um dado desalentador para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em novembro receberá a conferência climática COP30 da ONU em Belém, capital do Pará.

A Amazônia Legal, cujo ecossistema é crucial para a regulação do clima, foi a região mais afetada, com 17,9 milhões de hectares arrasados pelos incêndios, 58% do total do país.

O número representa um recorde para a região em seis anos e supera a superfície queimada em todo o país em 2023, de acordo com o relatório.